A nossa semelhança com Deus não está contida em aparência física, mas reflete profundamente em nosso caráter, no âmago de nossa alma. “E disse Deus façamos o homem a nossa imagem conforme nossa semelhança” (Gn1.26). Deus nos criou à sua imagem, porém o pecado fez com que a cada dia nos diferenciássemos d’Ele. A concupiscência, a idolatria e o egoísmo tem criado uma barreira entre Deus e os homens. O Senhor usou muitos profetas no intuito de levar as pessoas ao arrependimento, o povo se arrependia e se comovia, mas ao passar do tempo voltava as mesmas práticas pecaminosas, distanciando-se e diferenciando-se de Deus novamente. Será que palavras não eram o bastante? Ou o motivo da não obediência a Deus era o fato de não poder vê-lo e por tanto não se assemelhar a Ele? Com certeza, não. Deus mostrava sua vontade e o seu profundo desejo que os homens voltassem a ser semelhante a Ele, por intermédio de profecias, visões e ações simbólicas, porém o povo não firmava-se. Contudo, Cristo se dispôs vir a nós. Tendo Deus enviado seu filho nos mostrou de maneira clara como Ele é e como devemos ser, pois Cristo é a perfeita semelhança de Deus, por tanto o mais rico exemplo aos homens. (João 10.30) (João 17.11) (João 14.7-11). Sabemos que é impossível nos tornarmos iguais a Deus [pois Ele não nos fez em igualdade com sua onisciência, onipotência e onipresença] porém, Adão e Eva foram enganados em achar que comendo do fruto proibido poderiam se igualar a Deus. Para que mais pessoas não fossem enganadas e induzidas pelo diabo a conquistarem posição igual a Deus ou até mesmo para que estas não sejam endeusadas, é que Jesus exemplifica com sua própria vida desde seu nascimento até os dias de hoje, o que nos assemelha ou o que deve nos assemelhar a Ele.
Houve um dia que Deus olhou para a terra e viu uma jovem separada e diferente das outras, virgem e temente a Ele, escolhida para conceber o filho de Deus. O fato dessa jovem ter encontrado graça nos olhos de Deus, me faz refletir o quanto Ele se importa e dá valor aos que optam por uma vida de renúncias. (Lc1:27-31) Através dessa escolha Jesus nos fala de santidade, mas contudo diz que devemos ser humildes quando ao nascer esteve deitado em uma manjedoura. (Lc2:7) Quando acalmou a tempestade, demonstrou sua autoridade vinda de Deus para resistir aos problemas (Mt8:23-27) Em curas de coxos, leprosos, cegos, surdos, possessos; sua preocupação e amor por vidas. Quando chorou pela morte de Lázaro, suponho que Ele valorizava as amizades. Ao salvar uma mulher cananéia, conversar com uma samaritana, perdoar uma prostituta, sentar-se à mesa com ímpios, Cristo nos diz não a acepção de pessoas. Quando Ele conscientizava os discípulos do seu sofrimento, morte e ressurreição é porque estava ciente de sua obra aqui na terra. Ao orar no Getsêmani; submissão á vontade de Deus. Ao se apresentar aos soldados; coragem, firmeza, atitude. No calar para as zombarias e escárnios; prudência. Ao falar no momento exato; sabedoria. “Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem.” No calvário; perdão aos seus ofensores. Entregou-se completamente quando disse: "Pai em Tuas mãos entrego meu Espírito.” Enfim, perfeição ao ressurgir!!! Santidade, humildade, autoridade, amor, mansidão, não a acepção. Valorizar pessoas, cumprimento de dever, submissão, coragem, firmeza, atitude, prudência, sabedoria, justiça, perdão! Entrega total, perfeição! Se seguirmos os seus passos Deus como pai ficará orgulhoso por seus filhos se parecem com Ele. Se suportarmos o fogo e prosseguirmos, alcançaremos a verdadeira semelhança. Pois, como um ourives tem a certeza da pureza do ouro somente a partir do momento que ele passa a refletir sua face, assim também o mundo terá certeza de nossa semelhança com Deus quando refletirmos a Cristo!
Por Verônica Rodrigues de Oliveira
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